Em mensagem que vem sendo amplamente veiculada em redes sociais, dono do empreendimento Kanga Beach critica a presença do povão na área da península. Tudo aconteceu a partir do último fim de semana, quando uma roda de samba, supostamente vinculada ao Posto A, reuniu um grupo de pessoas, gerando aglomeração em plena pandemia.

Na segunda-feira pela manhã, equipe da vigilância sanitária esteve no local para interditar o espaço, autuar os responsáveis e evitar que uma nova aglomeração aconteça. Mas o começou com uma repreensão por conta do número de pessoas reunidas infringindo as recomendações sanitárias, gerou uma segregação social e, pior, a possibilidade de uma aglomeração ainda maior no próximo final de semana.

Na mensagem, o empresário diz: “Perderam o controle da situação e isso não é bom para o bairro. O meu empreendimento kanga beach foi montado para as famílias da península. Encerramos às 17hs justamente porque comecei a ver a demanda nada aceitável para os padrões sociais (…) trabalhamos com um ticket médio alto, nossos garçons são orientados a atender ou não o cliente visto que o mesmo se encaixe em nossos padrões sociais”. O empresário complementa: “Acredito e torço para que venha a ter uma separação natural do público”.

Como reação, as pessoas já prometem se reunir para mostrar que o espaço da praia é público, mesmo ficando em área que possui o metro quadrado mais caro de São Luís. “Pronto, vamos reunir o grupo sábado a partir das 16h, todo mundo com uma JBL para sincronizar e um cooler. A parte da área é pública”, mostra print que está sendo veiculado em resposta ao empresário. “Se todo mundo resolver ir pra lá, eles vão fazer o que pra tirar?”.

Cabe agora às autoridades tomar as providências para impedir que uma nova aglomeração aconteça no espaço, considerando a revolta das pessoas em reação à mensagem do empresário.