Em meio à pandemia causada pelo novo coronavírus, o município de Santa Inês vive um verdadeiro caos na saúde pública. Enfermeiros e técnicos de enfermagem concursados do município, estão reivindicando, além de EPIs, o cumprimento das leis 433/2006 (Lei de Gratificações do SUS) e 075/2014 que faz jus ao estatuto do servidor municipal.

Nesse tempo em que vivemos uma profunda incerteza em todos os aspectos da vida, esses profissionais travam uma dura batalha contra um agente invisível que nos ameaça e nos mantém reféns. Grandes são as modificações na sociedade, e enfermeiros e enfermeiras de todo mundo permanecem na luta diária pela vida.

No Maranhão especificamente esses profissionais totalizam 56.021 trabalhadores (4.017 auxiliares; 37.972 técnicos; 14.032 enfermeiros). De acordo com dados atuais do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), no Brasil há ao menos 43 mortes de técnicos ou enfermeiros já comprovadamente causadas pelo Sars-Cov-2, nome oficial do novo coronavírus. Há ainda 14 mortes suspeitas, que aguardam confirmações.

Em Santa Inês, profissionais de enfermagem estão em luta permanente, buscando proteção para comunidade. Com EPIs limitados, e muitas vezes de péssima qualidade, eles se sentem desarmados, partindo para uma guerra em que o inimigo está armado.

Questionam ainda situações de assédio moral, dentre outras situações que estão deixando muitos profissionais com o psicológico abalado.

Somado a tudo mencionado acima, os profissionais de enfermagem de Santa Inês (auxiliares, técnicos e enfermeiros) hoje sobrevivem com uma demanda sobrecarregada e com um dos piores salários do estado do Maranhão, no valor de R$1.045,00 (01 salário mínimo). As demais composições nos vencimentos não lhe dão garantia futura, caso adoeçam.

Baseado em inúmeros questionamentos, nosso blog recebeu a informação de que a categoria se organiza para um manifesto pacífico, a acontecer no próximo dia 12 de maio, em frente ao Hospital do Município. Organizados com cartazes, faixas e outros instrumentos mostrando o sofrimento e a luta da classe.

No manifesto, os profissionais prometem não descumprir as medidas adotadas pelo estado no que se refere ao uso de EPIs e distanciamento mínimo.

O manifesto tem como ponto conscientizar a população em permanecer em isolamento social, mas também sensibilizar a gestora municipal sobre as garantias da categoria.

Os profissionais apelam para que a gestora municipal envie à Câmara de Vereadores o Plano de Cargos e Salário que se encontra na sala da procuradoria do município há aproximadamente um ano.