O Instituto DataIlha vem excluindo das pesquisas o nome da única mulher pré-candidata à Prefeitura de São Luís. Detinha, candidata pelo Partido Liberal (PL), vem ganhando espaço na disputa eleitoral, em um cenário ainda predominantemente masculino, e parece ter sido propositadamente excluída da pesquisa. Além de tentar induzir o eleitor, o questionário do instituto esconde um machismo enraizado e um preconceito com candidatos que representam principalmente a população mais carente do estado.

Detinha tem carreira política consolidada e foi destaque à frente da Prefeitura de Centro do Guilherme. Mesmo assim, com uma trajetória política reconhecida, a pré-candidata relata que por ser mulher já passou por muitos preconceitos. Em desabafo nas redes sociais, Detinha chamou atenção com o relato de situações constrangedoras pelas quais já passou, sendo a exclusão de seu nome de pesquisa eleitoral uma delas.

“Quando estou com meu marido, muitos fingem não me ver, pois só falam com ele. Já tive meu nome excluído de uma pesquisa eleitoral, sou a única mulher nessa disputa. Já estive em reuniões de prefeitos (homens) e eles não deram a mínima por eu ser a única mulher. Todos os dias ouço relato de mulheres que são discriminadas em suas profissões. Já precisei fingir não ouvir certas ofensas por ser mulher e deputada”, desabafou Detinha.

Detinha vem se destacando e consolidando seu espaço na política, trabalhando em favor dos que mais precisam, como fez quando esteve à frente da Prefeitura de Centro do Guilherme, onde sua atuação resultou na mudança de indicadores antes negativos no município. A deputada é nome forte para a gestão municipal. Então, o que justifica a exclusão de seu nome da pesquisa? Machismo e falta de respeito!

Além de ser preconceito e uma falta de respeito com a pré-candidata, a pesquisa do Instituto DataIlha parece ter a intenção de manipular os eleitores, induzindo-os a votar apenas nos nomes indicados, sem considerar outros que participam da disputa. Também foram excluídos os pré-candidatos do PSOL e PSTU.

A justiça eleitoral precisa ficar de olho para garantir a isonomia nos caminhos que levam à disputa eleitoral e garantir que os direitos de todos sejam respeitados.