Prefeito de São Luís, Eduardo Braide.

Há mais de 40 dias, a Ilha de São Luís vive um cenário caótico em termos de mobilidade urbana. Hoje, as pessoas não puderam ir ao trabalho por conta da falta de ônibus (sucateados), cujos profissionais lutam por seus direitos e enfrentam a irredutibilidade dos empresários.

Diante disso, o questionamento que fica é: onde está o prefeito dessa cidade? “Disputando com o de Teresina pra ver quem é mais incompetente”, disse uma internauta no Twitter.

O prefeito que disse em 2020 que estava pronto, em meio a uma das maiores greves da história da capital, resolveu, incrivelmente, falar de mobilidade urbana em Curitiba, segundo o próprio deputado Yglésio Moyses (PROS) destacou hoje, na Assembleia Legislativa. Mas que exemplo Braide deu aos outros prefeitos? O de não saber fazer o transporte público funcionar?

A prefeitura está, há semanas, sem dar retorno à população, que é quem mais sofre, diz que o problema é trabalhista, logo, não é de sua competência intervir. Um equívoco. O transporte público é um serviço público concedido a empresas, de competência do município. Logo, é do dever da Prefeitura agir em prol da população, garantindo seu funcionamento.

Respeitar a população não é dar satisfação sobre filiação ou outra ação dessa natureza nas redes sociais. Respeitar a população é garantir o mínimo, o que é de direito. É garantir celeridade nos reparos do Terminal da Cohama e não prejudicar o cidadão em meio à água suja e lama esperando o coletivo, enquanto se paga uma tarifa cara.

Em 2020, Braide, que já não aparecia, passou toda a campanha dizendo para a dona Maria, moradora da zona rural, que ele estava pronto. A mesma dona Maria que votou nele é a mesma que não teve o ônibus pra fazer seu tratamento de saúde no Centro da cidade. O mesmo prefeito que disse “Estou pronto”, lá em 2020, é o mesmo que mentiu para 270.557 pessoas que acreditaram na mudança (esperavam uma mudança para melhor).