Em pronunciamento feito na manhã de hoje (15), o deputado estadual Wellington do Curso (PSDB) sustentou denúncias feitas na semana passada, quando destacou que membros ligados à Diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Maranhão (SINPROESEMMA) estariam recebendo supersalários da Secretaria da Educação, comandada por Felipe Camarão (PT), por meio de solicitações de perícia em seus computadores para o Diretoria de Tecnologia e Informação da Assembleia Legislativa, para Polícia Civil do Maranhão, por meio da Delegacia de Crimes Cibernéticos, e também da Polícia Federal.

Após as denúncias, ainda na semana passada, o secretário utilizou as redes sociais para afirmar que as informações apresentadas pelo parlamentar não eram verídicas. Wellington apresentou espelhos de vencimentos de servidores do SIMPROESEMMA, que são professores, nos quais contavam salários de cerca do dobro do teto da categoria no Estado.

As informações, segundo o parlamentar, foram extraídas do Portal da Transparência do Estado, entretanto, o secretário apresentou outras imagens, com valor bem abaixo daqueles mostrados pelo deputado, apresentando um cenário de falsificação de dados por parte do deputado.

Wellington também solicitou relatório detalhado de todas as alterações feitas no Portal da Transparência do Estado para verificar os autores da inclusão das informações relacionadas aos altos salários em discussão. Além disso, também solicitou à Secretaria de Estado da Educação que fossem disponibilizadas informações sobre as ordens bancárias referentes aos pagamentos dos professores membros do sindicato. “Nós vamos ter como saber o que foi durante todo o ano de 2021 aos diretores do SINPROESEMMA. Salários, décimo terceiro, diárias. Tudo o que foi pago”, explicou.

Ainda em relação à SEDUC, o parlamentar também pediu explicações sobre a inexistência de dados de professores ligados ao sindicato no Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação (SIOPE), que é um sistema que mostra os investimentos na educação, como os salários dos trabalhadores da categoria.

Para o parlamentar, existe a suspeita de que a relação apresentada entre o sindicato dos professores e a SEDUC é para reduzir a luta da entidade em prol da classe, como o aumento salarial dos professores, por exemplo, que lutam por um reajuste de 33,24%. Sobre isso, o deputado anunciou outro pedido de informação, mas para o SINPROESEMMA, para que sejam disponibilizados ofícios de solicitação de aumento salarial dos professores nos últimos cinco anos.

Após votação da diretoria, os professores e demais trabalhadores da educação estadual receberão um auxílio alimentação no valor de R$ 300, estando extinto o interesse da entidade pelo reajuste no percentual citado anteriormente, segundo informações recebidas pelo deputado.