O senador Weverton Rocha (PDT) está quase tomando o título de traidor do também senador Roberto Rocha (PSDB). Em São Luís, o silêncio de Weverton no segundo turno significou um apoio de peso para o prefeito eleito Eduardo Braide (Podemos). No Palácio dos Leões a atitude foi considerada como uma apunhalada nas costas de Flávio Dino.

Recentemente, ficou claro que o modus operandi do senador do PDT não se deu somente na capital maranhense. Na segunda maior cidade do Maranhão, Imperatriz, Weverton atuou da mesma forma com um apoio “por debaixo dos panos” para o prefeito reeleito Assis Ramos (DEM). Mas, em Imperatriz a traição não foi só pra cima do deputado estadual Marco Aurélio (PCdoB) e do governador Flávio Dino (PCdoB), foi também para o aliado e presidente da Assembleia Legislativa, Othelino Neto (PCdoB).

Othelino, assim como Flávio Dino, trabalharam dia e noite para fazer o deputado Marco Aurélio prefeito de Imperatriz. Mas parece que surtiu mais efeito o apoio de Weverton Rocha com o deputado federal Juscelino Filho (DEM). Weverton é um político habilidoso e sabe o que significa cada passo que dá. Com a ausência de uma oposição forte ao projeto de poder de Flávio Dino, ele vai caminhando para ser o próprio contraponto ao grupo que faz parte. E é por isso que tem arregimentado sarneísta para o seu projeto de poder. Se no primeiro turno, Weverton esteve no apartamento de Roseana Sarney para a ex-governadora declarar apoio ao seu candidato Neto Evangelista (DEM). No segundo turno de São Luís pulou para o barco de Eduardo Braide, candidato que representou o renascimento do sarneísmo em São Luís.

Agora, como forma de agradecimento pelo apoio, foi a vez do também sarneísta Assis Ramos declarar voto à Weverton para governador em 2022. Flávio Dino, Márcio Jerry e até Othelino que se cuidem. Os passos de Weverton são para, doa a quem doer, tomar o Palácio dos Leões dos seus maiores aliados.