O prefeito de Vargem Grande, Carlinhos Barros, comprou da empresa Expansão Comércio LDTA equipamentos superfaturados em até 300%. Feita com recursos do Fundo Municipal de Saúde, a aquisição dos EPIs para combate à Covid-19 no município foi realizada via Dispensa de Licitação, em contrato no valor de R$ 342.955,00.

Mas no contrato observa-se que equipamentos foram comprados pela prefeitura por mais que o dobro do valor praticado no mercado. O Termômetro Digital Infravermelho, por exemplo, é encontrado por R$ 76,31, mas foi comprado por R$ 300,00, a unidade, totalizando R$ 12.000,00 por 40 equipamentos quando poderia ter custado pouco mais de R$ 3.000,00.

Outro item superfaturado foi o protetor facial de R$ 35,00, mas que é normalmente vendido por R$12,90. Foram 620 protetores comprados pelo valor de R$ 21.700,00, quando poderiam ter sido adquiridos com cerca de R$ 8.000,00.

Vale lembrar que a Polícia Federal vem investigando o uso de recursos públicos e irregularidades na aquisição de produtos para combate à Covid-19 em municípios maranhenses. Com a Operação Falsa Esperança, por exemplo, a PF informou que encontrou indícios de superfaturamento de até 400% na compra de macacões que seriam usados por agentes de saúde no enfrentamento da Covid-19 nas cidades de Bacabeira, Miranda do Norte e Santa Rita, no interior do Maranhão.

Pode ser que o superfaturamento de 300% na compra feita pelo prefeito de Vargem Grande seja também motivo de investigação.