O juiz José Edílson Caridade Ribeiro, respondendo pelo plantão de 1° grau em São Luís, autorizou, na noite dessa segunda-feira (03) que a escola da rede particular de ensino, Literato, realize revistas em bolsas e mochilas dos seus alunos.

O estabelecimento de ensino procurou a Justiça após ameaças descritas em uma parede em um dos banheiros da escola.

Ainda de acordo com o colégio, um outro episódio foi registrado quando no final do mês de março, quando um aluno do ensino médio da instituição publicou nas redes sociais, outra ameaça de massacre no ambiente escolar.

Segundo o estabelecimento, o aluno foi cautelarmente suspenso, com imediata comunicação à família.

Segundo a ação, os fatos ganharam natural repercussão após o ataque do último dia 27 de março, que vitimou fatalmente um professora e feriu alunos e outros profissionais em escola situada em São Paulo.

Ao analisar o pedido do Literato, o magistrado pontuou que há “conflito de direitos” no caso, mas decidiu que, em virtude da necessidade de garantir a segurança dos próprios alunos e a tranquilidade das famílias, é o caso de autorizar as revistas.

“Nesse contexto, autorizo excepcional e temporariamente, que se possa promover a vistoria das bolsas e mochilas dos alunos, até que a escola providencie sem muita tardança detectores de metal que possam tornar dispensáveis estas medidas, que como afirmado tem caráter excepcional e temporário, devendo ser submetido imediatamente à distribuição, após o período deste plantão, para analise do juízo competente e do representante do Ministério Público a ele vinculado”, despachou.