A presidente do STJ, Maria Thereza de Assis Moura, quer evitar a demora na escolha dos dois novos ministros Foto: Superior Tribunal de Justiça

Informação de Bastidor

A presidente do STJ, Maria Thereza de Assis Moura, tem pressa em escolher os novos ministros da corte, após a aposentadoria de Jorge Mussi e Félix Fischer. Quer encaminhar as duas listas tríplices para Lula até maio. A informação foi passada ao Blog por pessoas com bom trânsito entre os ministros do Superior Tribunal de Justiça.

A ministra quer tirar de dentro do STJ a política inerente a essas disputas e evitar que cadeiras fiquem vazias por muito tempo – a demora aumenta o já robusto acervo processual e o trabalho dos outros ministros. A corte passou pela mesma situação recentemente, quando esperou por meses o processo para nomeação de dois ministros, Messod Azulay e Paulo Domingues.

A saída de Fischer iniciou a corrida entre os advogados, enquanto a aposentadoria antecipada de Mussi movimentou os desembargadores estaduais – cada ministro do STJ vem de uma das classes da Justiça: Ministério Público federal ou estadual, advocacia e magistratura federal ou estadual.

Quero ser ministro

O Blog apurou que seis interessados na vaga de Mussi têm se movimentado nos corredores e gabinetes dos tribunais e entidades da magistratura em busca de apoios:

  • Carlos França- presidente do Tribunal de Justiça de Goiás;
  • Carlos Vieira von Adamek – desembargador do TJ de São Paulo e ex-integrante da corregedoria do CNJ;
  • Elton Leme – desembargador do TJ do Rio de Janeiro e presidente do Tribunal Regional Eleitoral fluminense;
  • João Henrique Blasi – presidente do TJ de Santa Catarina;
  • Samuel Brasildesembargador do TJ do Espírito Santo. Foi corregedor-geral de Justiçae presidente do TRE-ES; e
  • Paulo Velten – presidente do TJMA.

Brasil e Velten têm o apoio da atual presidente do STJ. Adamek tem diálogo com Maria Thereza e é próximo de dois outros ministros da corte, Villas Bôas Cueva e Luis Felipe Salomão, além de Dias Toffoli, do STF. Já Blasi é o preferido de Mussi, seu conterrâneo, e Leme busca o apoio de Gilmar Mendes.