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Não fosse a reprodução de alguns blogs maranhenses, a reportagem da Folha de São Paulo desta quinta-feira (04) mencionando o deputado Josimar de Maranhãozinho e mais dois deputados federais do PL em conexão com suposto desvio de emendas orçamentárias destinadas à saúde no Maranhão, não teria tido repercussão na imprensa estadual.

A matéria assinada pelos jornalistas Fábio Zanini e Camila Mattoso, diz que a operação que investiga um esquema de extorsão contra o ex-prefeito de São José do Ribamar, Eudes Sampaio (PTB), foram beneficiadas com as emendas obtidas pelos deputados.

Tecnicamente falando, a publicação conduz o leitor por um caminho retórico que a filosofia nos ensinou chamar de silogismo. Quem faz a leitura do conteúdo é levado a tirar uma falsa conclusão. É um recurso manjado e desleal. Canalhice, se preferir.

Para comprovar o suposto envio da emenda, a Folha não usou dados do Portal da Transparência da União, mas anotações manuscritas e mensagens em aparelhos celulares apreendidos pela Polícia Federal. Cadê as informações oficiais do Portal Transparência, além das anotações e mensagens? A PF descobriu algo nas anotações e mensagens que pudessem envolver os deputados?

Um jornalismo de especulação, que leva o público a tirar falsas conclusões, nunca fez bem ao Brasil, nem fará agora, nesse momento crítico. Além disso, não custa lembrar que a própria matéria comprova que a citação ao nome de Josimar na investigação, segundo a Policial Federal, não configura prova do seu envolvimento descartando, com isso, sua participação no episódio do ex-prefeito ribamarense que era rival político do presidente do PL no Maranhão.

O problema disso tudo é que Josimar precisa chegar em 2022 o mais enfraquecido possível…