Quem dentre vós não tiver pecado, atire a primeira pedra. Desde o último final de semana, os escribas e fariseus modernos infestaram as redes sociais, após o policial militar Carlos Eduardo ter assassinado covardemente a “esposa”, Bruna Letícia e o amante José Willian, por suposta traição.

A “esposa”, sim, pois o próprio autor do crime confessou que o relacionamento já estava em fase de separação, inclusive relatando que o mesmo já tinha perdido o interesse no romance e que as coisas tinham esfriado entre o casal.

Mas não estamos aqui para julgar a atitude dos amantes e nem mesmo o crime cometido pelo policial. Estamos aqui para falar da falsa moralidade de algumas pessoas que acessam a internet para criticar, sem embasamento, fatos que não lhe pertencem.

É necessário parar para lembrar que, por trás das quatros pessoas envolvidas no crime, existem as famílias, pais e, principalmente, mães que choram a perda da vida de seus filhos que morreram e a liberdade do que praticou o crime.

Esqueceram que vidas foram perdidas e que ficarão para sempre os traumas na vida das pessoas próximas. Que a noiva traída com certeza deve estar orando para que tudo isso não passe de um pesadelo, só que infelizmente não é sonho.

A falta de empatia com a dor do próximo mostra o quanto fazemos parte de uma sociedade doente e hipócrita.

Já que mesmo assim vocês que insistem em dizer que não se importam, deveriam ter, pelo menos, o mínimo de instrução para saber que certos tipos de comentários são caracterizados como apologia ao crime, podendo e devendo lhe render alguns processos.

Só queremos deixar claro que diante de uma situação em que você não é especialista, sua opinião não vale de nada. Você não sabe nada.