Morreu, na madrugada desta sexta-feira (3), a professora, pesquisadora e pioneira no estudo da fitoterapia no Maranhão, Terezinha Rêgo, aos 91 anos. Ela estava internada em estado grave em um hospital particular de São Luís há uma semana após cair e bater a cabeça.

De acordo com a família de Terezinha, após exames médicos, ela foi diagnosticada com pneumonia. A causa da morte foi uma insuficiência respiratória.

A doutora teve a vida dedicada a estudar o poder de cura das plantas, se tornando referência em fitoterapia. Em setembro de 2020, a professora recebeu uma homenagem em sessão especial no Senado, em Brasília, pelos 55 anos de dedicação à flora medicinal maranhense.

Terezinha Rêgo era doutora em Botânica, membro fundadora da Academia Maranhense de Ciências e foi professora titular do Departamento de Farmácia da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), sendo pioneira e reconhecida, nacionalmente e mundialmente, pelo estudo da flora medicinal do Maranhão.

A maranhense trabalhou por mais de 55 anos na formação de estudantes de farmácia e no estudo da medicina popular, por meio da fitoterapia. Mesmo após ter deixado a sala de aula e os laboratórios de pesquisa, Terezinha Rego continuou atuando no projeto de Fitoterapia no Herbário Ático Seabra, local que foi fundado por ela e estão catalogadas quase 11 mil espécies que caracterizam a flora do estado do Maranhão.

A maranhense também foi bolsista do Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) na Universidade de São Paulo (USP) e foi eleita, em Cuba, representante de Etnobotânica junto à América Latina, de 1990 a 1994.