Nas redes sociais, o deputado estadual Wellington do Curso (PSDB) e o secretário de Educação Felipe Camarão (PT) trocaram acusações após uma denúncia feita pelo parlamentar sobre um possível esquema envolvendo o Governo Flávio Dino e o Sindicato dos Professores do Estado.

Wellington, durante a sessão plenária de ontem (09), na Assembleia Legislativa, denunciou que uma professora, que é esposa do presidente do sindicato, estaria ganhando um vencimento de cerca de R$ 14 mil. Wellington apresentou cópia da folha de pagamento.

“Qual a explicação para esse contracheque turbinado de R$ 14 mil, se o salário-teto dos professores não ultrapassa R$ 7 mil?”, questionou o parlamentar.

Para Wellington, a falta de atuação do SINPROESSEMA em favor dos professores se dá por meio dessa ligação e cobrou explicações do Governo do Estado, especialmente do chefe da pasta da Educação Estadual.

Camarão, nas redes sociais, classificou as denúncias do deputado como mentirosas e disse que a informação apresentada por Wellington não procede, mostrando prints do contracheque da mesma servidora, mas com valores abaixo.

“Analisando mais ainda os fatos, há fortes indícios da prática de crimes de falsificação/adulteração de documentos por parte do deputado Wellington. Mais uma vergonha que esse cidadão terá que prestar contas na justiça”, disse Camarão.
Em seguida, Wellington acusou o secretário de manipulação de dados do Portal da Transparência, o que configura crime, segundo ele.

“Fica fácil desse jeito, não? O deputado estadual denuncia e os aliados do governador alteram os dados no Portal Transparência. Se é mentira, prove. Sabe por que não farão isso? Porque sabem q o deputado Wellington os desmascara. É o governo de rede social”, disse Wellington. “Manipular dados no Portal Transparência é crime. Estou com todos os dados e demais documentos que comprovam que foram retirados do site oficial. Vou adotar as providências cabíveis”, concluiu.

Ação na justiça

Em meio à situação, o chefe da SEDUC prometeu acionar a justiça para apurar possível disseminação de fake news por parte do parlamentar, além de acionar também o Conselho de Ética da Assembleia Legislativa para apurar possível falta de decoro parlamentar.