Filho da ex-prefeita de Dom Pedro, Arlene Costa, Eduardo DP foi alvo de mandados de prisão em pelo menos quatro operações contra a agiotagem no estado, no início do governo de Flávio Dino (PCdoB), deflagradas pela Superintendência Estadual de Prevenção e Combate à Corrupção (Seccor), da Polícia Civil, e pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MP-MA: Imperador I; El Berite II; Imperador II; e Paulo Ramos II.

Além dos casos envolvendo quatro desembargadores do Tribunal de Justiça maranhense e a reabertura das investigações sobre a execução do jornalista e blogueiro Décio Sá, uma outra situação que desagradou o titular da SSP-MA, segundo o ex-chefe da Seic, diz respeito a ação policial que já estava batizada de Operação Jenga II, com o objetivo de prender demais membros da organização criminosa que opera no mercado financeiro paralelo no estado e não alcançada na primeira fase – que pegou o agiota Josival Cavalcanti, o Pacovan, e mais outros 17 suspeitos.

“Começou a ter um atrito entre eu e o secretário, porque ele estava começando a intervir. Nós fizemos uma operação de agiotagem, se colocar na internet vai sair: Operação Jenga. Nós fizemos uma primeira parte, pegamos um grupo da organização e íamos fazer uma segunda parte. Eu avisei ao secretário: ‘Olha, vai ter uma segunda parte, que poderá e vai chegar em políticos, do lado do governo ou não’. Foi quando ele [Jefferson Portela] falou: ‘Calma com essa operação’. Eu avisei ao pessoal do crime organizado, delegado Ney Anderson. Nós não concordamos e continuamos apurando”, detalhou.

O alvo, contou Tiago Bardal, era políticos governistas e o agiota Eduardo José Barros Costa, mais conhecido no mercado político como Eduardo DP ou Imperador.

“Ele [Portela] ficou sabendo [do prosseguimento das investigações da Jenga II] e me chamou, por que ia envolver políticos e um tal de um agiota conhecido como Eduardo DP, Imperador. Depois eu vim descobrir que ele tem contratos, vários contratos milionários, com o governo”, detalhou, apresentado ao magistrado reportagem do ATUAL7 de maio do ano passado, sobre contratos de, à época, mais de R$ 28,7 milhões celebrados por uma das empresas operadas pelo agiota, a Construservice C Empreendimentos e Construções Ltda, e a Secretaria de Estado da Infraestrutura (Sinfra).

Das prisões para as contratações

Filho da ex-prefeita de Dom Pedro, Arlene Costa, Eduardo DP foi alvo de mandados de prisão em pelo menos quatro operações contra a agiotagem no estado, no início do governo de Flávio Dino (PCdoB), deflagradas pela Superintendência Estadual de Prevenção e Combate à Corrupção (Seccor), da Polícia Civil, e pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MP-MA: Imperador I; El Berite II; Imperador II; e Paulo Ramos II.

Apesar da folha corrida, o agiota – posto sempre em liberdade pela Justiça estadual, logo em seguida – começou a celebrar e aditar diversos contratos com o próprio governo comunista. Até mais ainda: subir no palanque do próprio governador do Maranhão, em pleno ano pré-eleitoral, durante solenidade da Sinfra sobre serviços de asfalto e de reforma num escola em Vitorino Freire.

O salto de Eduardo DP, que deixou de ser preso por agiotagem e passou a ter e manter contratos milionários com o Palácio dos Leões por meio das mesmas empresas alvo de operações policiais contra o crime, vem sendo acompanhado e tornado público pelo ATUAL7 desde 2016, última vez em que ele foi enviado para Pedrinhas. A outra empresa operada por ele, no caso, é a Pactor Construções e Empreendimentos Ltda, também apontada como integrante da rede criminosa de desvio de dinheiro público encabeçada por outro agiota: Gláucio Alencar.

As informações estão no site Atual7