O povo maranhense está ansioso para saber o que o deputado federal e atual ministro dos esportes vai dizer no dia 13 de maio, dia que é comemorado no brasil a abolição da escravatura. Dia em que foi concluída por meio da lei áurea também conhecida como lei 3.353 que foi assinada pela princesa Isabel e aboliu o trabalho escravo no Brasil.
Fufuca deve dizer muita coisa, tendo em vista que o prefeito de Alto Alegre do Pindaré o Fufuca dantas que é pai do ministro dos esportes já foi um dos integrantes mais famosos da lista suja de trabalho escravo no Brasil. Quando mantinha, segundo reportagens da época 12 pessoas em situação de escravidão em uma das muitas fazendas da família Fufuca.

O escolhido para ocupar o Ministério dos Esportes o deputado André Fufuca (PP-MA), figura do centrão e de oligarquia do Maranhão, filho do prefeito de Alto Alegre do Pindaré, Francisco Dantas Ribeiro Filho (PP), também chamado de Fufuca. Em 2006, a fazenda de Fufuca pai foi envolvida em um escândalo de trabalho escravo, quando 12 trabalhadores foram libertados da Fazenda Piçarreira.

Em sua declaração de patrimônio, Fufuquinha informou possuir três fazendas: somando 1500 hectares, totalizando R$ 85 mil em valor declarado. E um patrimônio total de R$ 535 mil.

Fufuquinha ingressou na política com o apoio de seu pai em 2010 e se tornou deputado estadual. Em 2014, ele se elegeu deputado federal, com um patrimônio de R$ 160 mil. Sua amizade com Eduardo Cunha, ex-deputado cassado e preso, contribuiu para sua ascensão na Câmara.

A fazenda do pai em Alto Alegre do Pindaré é conhecida por sediar reuniões políticas, algumas das quais terminaram em confrontos. O vice-prefeito do município, Genival do PT, também possui uma propriedade na região. As alianças políticas entre o PT, PMDB e PP ainda são fortes no Maranhão.

Basta de oligarquias racistas e escravistas. O PT, que se alia a essas figuras nefastas, de partidos reacionários como PP e União Brasil, mostra que está ao lado de escravistas do agronegócio.

 O processo

O processo contra Fufuca Dantas começou a tramitar em abril de 2013, mas é relativo ao ano de 2005, quando equipes de fiscalização detectaram que funcionários de sua fazenda, a Piçarreira, em Alto Alegre do Pindaré, estariam em condições análogas ao trabalho escravo. A Justiça fez uma série de tentativas de notificar o acusado, sem sucesso, até que, em 2015, após ser citado por edital, ele se apresentou.

Por meio de seu advogado, Fufuca Dantas pediu para que o processo fosse declarado nulo e que fosse feita uma nova verificação na fazenda para que se constatasse que não havia nenhuma irregularidade. Em junho de 2015, o juiz Roberto Carvalho Veloso, da 2ª Vara Federal Criminal do Maranhão, negou o pedido alegando que “a prova, uma vez produzida, não tem como ser novamente coletada”.

O caso vinha tramitando na Justiça Federal do Maranhão, mas, por questão de foro, teve que ser encaminhado ao TRF-1, após a eleição de Fufuca Dantas para a prefeitura de Alto Alegre do Pindaré. A Procuradoria Geral da República (PGR) também opinou pelo prosseguimento da ação, que vinha sendo conduzida pelo MPF no Maranhão.