Os pais da influenciadora digital Skarlete Mello, identificados como Lélio Rebouças e Karina Melo, foram presos nessa terça-feira (20), em uma operação da Polícia Civil do Maranhão (PC-MA), na 3ª fase da Operação Quebrando a Banca. De acordo com a Polícia Civil, os pais da influenciadora chegaram a realizar pagamentos de R$ 300 mil para conseguir ter acesso a informações sigilosas sobre processos que envolvem a influenciadora e o marido dela, Erick Costa.

Entre os investigados, estão advogados e um ex-assessor jurídico do Ministério Público do Maranhão (MP-MA), que extorquiam os alvos dos mandados de prisão e após isso vendiam as informações sigilosas. Dessa forma, eles atuavam para atrapalhar o trabalho de investigação da Polícia Civil.

Um ex-assessor do Ministério Público Estadual (MP-MA), que não teve identidade divulgada, está entre os suspeitos. De acordo com a investigação, ele tinha o acesso não autorizado ao Processo Judicial eletrônico (PJe) – sistema usado para tramitação de processos. Através dele, retirava as informações e posteriormente vendia aos investigados.

“Essa operação foi idealizada quando se detectou um acesso não autorizado ao sistema de Processo Judicial Eletrônico. Uma pessoa que teve o acesso no passado manteve esse acesso e desligou-se do poder público, passando a advogar. Em dado momento, essa pessoa fez acesso dentro de uma das operações da Seic, divulgando informações que estavam protegidas por sigilo, em segredo de justiça”, destacou o delegado Augusto Barros, superintendente da Seic.

“Essa organização criminosa acabava atrapalhando, impedindo a atuação da polícia contra pessoas que eram investigadas por tráfico de drogas, homicídio, lavagem de dinheiro e até organização criminosa com atuação no estado do Maranhão. Então, esses advogados, ao acessar os autos ilegalmente e com a nítida intenção de aferir lucro, estavam também impedindo que a polícia colocasse atrás das grades criminosos extremamente perigosos”, elencou o chefe do DCCO, delegado Pedro Adão.