A Advocacia-Geral da União (AGU) avalia pedir ressarcimento a Jair Bolsonaro de gastos com o cartão corporativo da Presidência da República.

O órgão pondera internamente, contudo, que tudo vai depender das justificativas do gasto com dinheiro público e do período em que o cartão foi utilizado apresentadas pelo ex-presidente.

É possível, portanto, que a AGU peça reparação ao erário, ou seja, a devolução do dinheiro de forma integral.

Para chegar a conclusão, a pasta está cruzando informações das despesas do cartão com datas da campanha e pré-campanha presidencial. Se forem constatados gastos com fins eleitorais, estes teriam que ter sido restituídos pela campanha do candidato.

O PL, partido político do ex-presidente, também pode ser acionado para devolver o dinheiro público. A ordem dentro do órgão é que o trabalho seja feito com “discrição” e de maneira “exclusivamente técnica”.

Dados sobre o cartão corporativo obtidos pela agência “Fiquem Sabendo” indicam que o recurso foi usado para adquirir combustível para motociatas, antidepressivos e comidas como picanha, caviar e camarão.