Análise

Aventureiro carioca, o secretário de comunicação do Maranhão, Ricardo Capelli, teve fracassada a sua carreira como jornalista e encontrou no Governo Flávio Dino espaço para fazer o que mais gosta: militar.

O problema é que escolheu uma terra alheia à sua e sem ter o cuidado de pisar em ovos. Ao invés disso, Ricardo Capelli resolveu pisar na cabeça dos maranhenses.

De políticos a profissionais da imprensa, o trato do jornalista frustrado é com ignorância tendo como ímpeto acreditar que o fato de ser “importado dos porões do PCdoB” o torna melhor que a população maranhense.

Ao responder o deputado estadual Yglésio Moyses (PSB), que denunciou interferência na política local, área que não lhe foi confiada pelo governador Carlos Brandão (PSB), Capelli disse que “tinha coisa mais importante para fazer”.

Seria bom se fosse verdade!

Ao menos seria bom se estivesse exercendo as prerrogativas do seu cargo. Defender a imagem do Governo Brandão, dizer para a população o que está sendo feito e tornar este governo de transição mais popular.

Mas todas as ações atropeladas do menino de Flávio Dino são inversamente proporcionais ao que se espera dele. O menino de Flávio Dino espanta aliados e afugenta até eleitores. Nas mãos de Brandão quer colocar uma foice e um martelo, boné do MST e registrar fotos com o punho cerrado.

Um personagem que não coincide com a trajetória do governador e nem agrada parte do eleitor descontente com o governador Flávio Dino e esperançoso de Brandão agregar mais do que foi feito por Flávio Dino e não uma repetição da desaprovação por parte do eleitorado e também da classe política.

O que Capelli tem mais de importante para fazer é servir como assessor de imprensa de luxo de Flávio Dino, pautando o ex-governador todo dia na mídia nacional e fazendo contendas no Twitter.

Chegando a tuitar uma crítica do deputado estadual Duarte Júnior ao prefeito de São Luís, Eduardo Braide, com quem Brandão tem boa relação e já disse publicamente que quer uma aproximação institucional, além de pedir para o próximo presidente da Câmara, Paulo Victor, que tenha diálogo aberto com o prefeito da capital.

Outro aliado que Capelli colocou para correr foi o deputado federal Josimar Maranhãozinho (PL), presidente do partido de Bolsonaro no Maranhão. Josimar esteve com Brandão em dois momentos, quando o próprio Palácio dos Leões o abandonou. E nesta conta coloca o próprio Capelli, ainda filiado ao Partido Comunista Brasileiro.

Na eleição de Duarte Júnior nas eleições de São Luís e na eleição à presidência da Famem. O principal adversário de Brandão nestas duas eleições foi o próprio Flávio Dino, leia-se Palácio dos Leões, ou núcleo duro dinista.

E a história pode se repetir. As secretarias que mais estão atrapalhando a gestão de Brandão com seus aliados políticos são justamente as indicações de Flávio Dino. O governo mudou, o governador é outro, mas parece que o interesse é continuar tudo do mesmo jeito, ou pior. Para favorecer quem? Brandão que não é!