O prefeito de Raposa, Eudes Barros (PL), está no centro de uma polêmica envolvendo a aquisição de ar-condicionados para o município. Documentos obtidos pela blog revelam que a administração municipal realizou compras de aparelhos condicionadores de ar que somam R$ 650 mil somente este ano, levantando questionamentos sobre a necessidade e o destino desses equipamentos em um município de pequeno porte como Raposa.
Os contratos foram firmados com a empresa Ferreira e Chagas Ltda, localizada no bairro Renascença, em São Luís. Os proprietários da empresa são Mércia Maria Ferreira Souza Cunha e Francisco Chagas Vieira. Os extratos dos contratos indicam que as aquisições foram feitas por meio de processos administrativos distintos, todos realizados em 2024.
Os contratos são detalhados a seguir:
- Contrato nº 012/2024-SECAP:
- Objeto: Fornecimento de aparelhos condicionadores de ar para a Secretaria Municipal de Administração e Planejamento.
- Valor: R$ 159.720,00.
- Data do Contrato: 7 de maio de 2024.
- Vigência: Até 31 de dezembro de 2024.
- Contrato nº 039/2024-FUNDEB:
- Objeto: Fornecimento de aparelhos condicionadores de ar para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB).
- Valor: R$ 346.120,00.
- Data do Contrato: 7 de maio de 2024.
- Vigência: Até 31 de dezembro de 2024.
- Contrato nº 012/2024-SECAP (Adicional):
- Objeto: Fornecimento de aparelhos condicionadores de ar para a Secretaria Municipal de Administração e Planejamento.
- Valor: R$ 142.000,00.
- Data do Contrato: 7 de maio de 2024.
- Vigência: Até 31 de dezembro de 2024.
A grande questão que emerge é: onde estão sendo instalados tantos aparelhos de ar-condicionado em Raposa? Moradores e críticos da administração municipal questionam a necessidade de tais compras em um curto espaço de tempo, especialmente considerando que aquisições semelhantes já haviam sido realizadas no início do ano.
A Câmara Municipal de Raposa pode abrir uma comissão para investigar o uso dos recursos públicos e a real necessidade dessas aquisições. Além disso, o Ministério Público do Maranhão pode ser acionado para averiguar possíveis irregularidades e responsabilizar os envolvidos caso seja comprovada má gestão ou desvio de verbas.