Enquanto o PT sonha que Guilherme Boulos abandone sua pré-candidatura ao governo de São Paulo, o líder dos sem-teto esteve em Brasília com lideranças do PDT e do PCdoB para articular não apenas aliança para a sua campanha – mas para fechar acordos em outros estados.
Uma de suas conversas foi com o senador Weverton Rocha. Com ele, o Boulos ficou de articular em sua legenda o apoio do PSOL ao senador, que é pré-candidato ao governo do Maranhão. Em troca, PCdoB e PDT apoiariam o Boulos em São Paulo.
Um raio-x do orçamento secreto cujo controle foi entregue pelo governo federal a congressistas, em desrespeito a leis orçamentárias, revela que a participação de deputados e senadores de oposição no rateio dos R$ 3 bilhões em verbas do Ministério do Desenvolvimento Regional é mínima. Conforme os documentos sigilosos obtidos pelo Estadão, a oposição teve apenas 4% do total de recursos liberados pelo governo a aliados.
porcentual baixo desconstrói o argumento usado por governistas para minimizar o escândalo revelado pelo Estadão. Segundo auxiliares de Bolsonaro, os recursos foram repartidos de forma equânime, inclusive com parlamentares não alinhados com o governo. Em entrevista ao jornal O Globo publicada no dia 17 de maio, o ministro Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) admitiu pela primeira vez que os repasses privilegiaram parlamentares aliados na distribuição dos recursos, no modelo conhecido como “toma lá, dá cá”.
O critério de divisão não é transparente, mas, para Marinho, não há qualquer problema em tratar os congressistas de forma desigual de acordo com o seu alinhamento ao governo. “É evidente que formam maioria no Parlamento e essas maiorias são exercidas, inclusive, na questão do Orçamento em qualquer democracia do mundo. É muita ingenuidade imaginarmos que na discricionariedade você vai tratar os desiguais de forma igual”, afirmou o ministro.
No dia 14, Marinho já havia admitido que os ofícios em que os parlamentares apontam em quais cidades o dinheiro deve ser aplicado e o que deve ser comprado não são públicos, o que também contrariou a versão do governo de que todas as informações estavam disponíveis no site do ministério na internet.
Dos 285 nomes que aparecem no planilhão ao qual o Estadão teve acesso, 21 podem ser classificados como opositores porque não costumam acompanhar o governo em votações, são críticos notórios de Bolsonaro, não relatam matérias que o Executivo considera prioritárias ou tem diferenças políticas fortes com o clã. O grupo corresponde a 7,4% dos congressistas que tiveram acesso ao orçamento secreto.
Dos R$ 3,15 bilhões do orçamento do Ministério do Desenvolvimento Regional entregues a congressistas, os opositores tiveram acesso a apenas R$ 126 milhões, o que corresponde a 4% do total.
O dinheiro do orçamento secreto é paralelo às emendas individuais impositivas a que todos os congressistas têm acesso e que o governo é obrigado a pagar de forma igualitária. Na prática, trata-se de uma verba que o ministério deveria destinar com base em critérios técnicos, mas que foi entregue a parlamentares aliados em troca de apoio. Como revelou o Estadão, parte dos recursos serviu para a compra de máquinas agrícolas em redutos eleitorais de deputados e senadores, motivo pelo qual o caso tem sido chamado de “tratoraço”.
O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, citou o senador Humberto Costa (PT-PE) como responsável pela destinação de R$ 12 milhões da pasta. No entanto, a inclusão de petistas se deu em razão de um movimento político do então presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Após ver sua tentativa de reeleição à Mesa Diretora ser frustrada por decisão do Supremo Tribunal Federal, Alcolumbre agiu para fechar apoios ao seu candidato, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). “Houve da parte do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, uma pergunta a nós da bancada do PT se nós tínhamos interesse de ter algum tipo de emenda além das parlamentares. E nós dissemos que aceitávamos”, disse.
Um dos senadores da oposição com poder de indicação foi Weverton Rocha (PDT-MA), que enviou R$ 10 milhões para a Codevasf via ministério. No caso dele, a planilha secreta do governo obtido pelo Estadão também revela que o fiador do repasse foi o senador Davi Alcolumbre. Os dois são muito amigos e Rocha apoiava a reeleição do presidente do Senado.
A assessoria de Weverton afirmou que buscou o ministério por conta própria. No entanto, ao responder a pedido de informações apresentado por meio da Lei de Acesso à Informação, negou ter apresentado qualquer ofício com a solicitação ao governo.
É com base em pesquisas quantitativas que o grupo do senador Weverton Rocha (PDT) vai utilizar como argumento (ou chantagem pública) de que o senador do PDT é o melhor candidato – em 2022 – do grupo do governador Flávio Dino (PCdoB).
Uma pesquisa contratada pela TV Mirante está prestes a ser divulgada e vai apontar o óbvio. A ex-governadora Roseana Sarney (MDB) na pesquisa e o senador Weverton Rocha pontuando, já que o mesmo é candidato assumido desde que chegou ao Senado. O medo do grupo de Weverton é que 2022 seja uma eleição por aclamação, elegendo o candidato de Flávio Dino, que é o vice-governador Carlos Brandão (PSDB).
Diferente do que querem plantar, Flávio Dino não vai incentivar várias candidaturas. A decisão “em grupo” deve ser construída até o final do ano, marchando todo o grupo em direção a uma só candidatura e reunir forças para solidificar o mandato de Carlos Brandão à frente do Governo do Maranhão e, por consequência, sua reeleição.
As decisões de Flávio Dino não têm base em pesquisas eleitorais. Se dependesse de pesquisas, o deputado federal Rubens Pereira Júnior (PCdoB) não seria candidato nas últimas eleições municipais. Nem mesmo o senador Weverton Rocha seria candidato ao senado. Ou Eliziane para o mesmo cargo de Weverton, ou mesmo o ex-prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) na sua primeira eleição e, tampouco, Flávio Dino o apoiaria em sua reeleição quando Júnior configurava uma rejeição (quase) irreversível.
O governador Flávio Dino tem acesso a pesquisas, mas sabe que Carlos Brandão, ao chegar no governo, é naturalmente candidato à reeleição e dará o apoio a Brandão. A não ser que Dino queira completar o mandato para favorecer o sonho de Weverton Rocha: o de ser governador do Maranhão.
O senador Weverton Rocha (PDT) quer ser governador do Maranhão e para isso é capaz de fazer qualquer negócio. Nas eleições municipais, se aliou com a ex-governadora Roseana Sarney (MDB), adversária histórica do saudoso Jackson Lago, ex-governador do Maranhão e pedetista “raíz” ao lado de Leonel Brizola.
O senador está espalhando a ladainha que vai “continuar o legado” de Jackson Lago e Flávio Dino, mas a verdade é que Weverton pisou no túmulo de Jackson Lago ao se juntar com Roseana Sarney. Weverton sabe que o candidato natural para continuar as obras sociais do governador Flávio Dino é o vice-governador Carlos Brandão.
Que o Maranhão nos livre da continuidade da gestão de Weverton Rocha na secretaria de esportes, na época do governo Jackson Lago. Amém!
A liderança política,Adaílson Machado convida a comunidade do Povoado Centro dos Leites,para a entrega de uma patrulha mecanizada à Associação Beneficente Boa Esperança.
A entrega do equipamento é fruto de doação intermediada pelo senador Weverton Rocha com apoio dos deputados André Fufuca e Rafael Leitoa, através da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba(CODEVASF).
A Codevasf é uma empresa pública vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional que promove o desenvolvimento e a revitalização das bacias dos rios São Francisco, Parnaíba, Itapecuru e Mearim com a utilização sustentável dos recursos naturais e estruturação de atividades produtivas para a inclusão econômica e social.
A cerimônia será realizada no sábado(18),às 9h,no Povoado Centro dos Leites,em Paulo Ramos.