O Maranhão tem uma das piores educações do Brasil, segundo constatou o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), órgão do Ministério de Educação (MEC). O levantamento faz cair por terra a série de propaganda que o Governo Flávio Dino vem fazendo sobre as melhorias da rede estadual de ensino.

Além do Maranhão, também registraram piora em suas redes de ensino entre 2015 e 2017 os estados de Minas Gerais, Bahia, Roraima, Amapá, Amazonas e no Distrito Federal. A informação foi divulgada pelo jornal Estadão de São Paulo.

No levantamento, o Idep levou em conta as notas de português e Matemática com índice de alunos aprovados de cada Estado.

A meta para o desempenho do ensino fundamental de 1º ao 5º ano era 4,9 e o Maranhão alcançou apenas 4,1 em 2017 e em relação a 2015, a nota caiu dois pontos, naquele ano a educação alcançou 4,3, de acordo com o Ideb.

A nota do 6º ao 9º ano do ensino fundamental também não alcançou a meta, que era de 4,7. Em 2015, a educação do Maranhão alcançou 3,8, e em 2017 chegou apenas a 4,2. Em 2015, o ensino médio obteve 3,1 e em 2017 3,4. A meta foi estabelecida em 3,7.

Especialistas em educação e em direito defendem o conceito de responsabilidade educacional, para que governantes sejam punidos em caso de retrocesso na área durante sua gestão. Um projeto de lei sobre o assunto está parado no Congresso.

“É muito injusto com crianças e jovens que políticos sejam reeleitos entregando a educação pior do que receberam”, diz a presidente executiva do movimento Todos pela Educação, Priscila Cruz. Ela defende que haja proibição de reeleição quando um Estado piora no Ideb. “A política social deveria estar no mesmo patamar da econômica. Da mesma forma que temos responsabilidade fiscal no País, precisamos ter responsabilidade educacional.”

Procurado, o governo informou que há poucos alunos em escolas estaduais de 1º a 5º ano, onde se deu a piora no Ideb.