59 anos de emancipação. Hoje, Paço do Lumiar pode gritar mais uma vez para comemorar o seu aniversário de emancipação. Mas, durante todo esse tempo o povo luminense foi ouvido? O clamor de mais de meio século ainda ecoa nas vilas que formaram o Paço do Lumiar. Acontece, que durante este percurso nos deparamos com esperanças frustradas. Nossa expectativa difere-se totalmente da realidade em que o município vive. É impossível dizer, hoje, nesta data festiva que uma das maiores cidades do Maranhão é totalmente independente. Não é que estamos distantes de nos tornamos uma das melhores cidades para morar em território maranhense, mas o pouco que falta depende muito dos personagens da política que abocanharam os espaços de poder do município e ditam os caminhos que Paço do Lumiar têm que percorrer para continuar nas mãos dos mesmos.

Será que para olharmos o nosso povo teremos que nos distanciar do presente para beber da fonte do passado para saber das nossas potencialidades? Creio que não é preciso. Olhando nos olhos de nossa gente é fácil entender as vocações de nosso município, é preciso agir com amor à nossa terra para resolver os problemas de nossa gente. Desde sempre fomos um importante polo agrícola. Mas como estão sendo tratados os agricultores familiar? É inegável o nosso potencial turístico dentro da Ilha de São Luís. Mas quando o assunto é turismo, o mapa mostra somente São Luís, Raposa, São José de Ribamar e o nosso município é totalmente esquecido por esses agentes. Talvez até por nossa própria culpa. Neste dia de emancipação temos que também dar o nosso grito, falar da nossa gente e falar pra nossa gente.

E isso não é impossível!

Nossa gente aguerrida vive a política, sabe da importância da política porque é dela que vem as transformações da sociedade.  Muitas vezes ficamos presos a picuinhas políticas, grupos, clãs ou mesmo querelas partidárias e esquecemos que a força do povo luminense, com todos unidos podemos tirar o município de Paço do Lumiar do atraso. Digo isso, especialmente, porque estamos em um ano decisivo. Um ano eleitoral. E Paço do Lumiar passa por uma insegurança jurídica sem precedentes. Com a vice-prefeita no comando da cidade e o prefeito de fato prestes a voltar a qualquer momento, segundo vem prometendo. A população desconhece quem é seu (ou sua) comandante.

E quando um povoado, uma vila ou mesmo um pedaço de terra pede sua emancipação é justamente para ter direito ao voto. É ter direito a ter voz. O voto nada mais é do que a voz do povo nas urnas. É o poder emanado do povo, conforme promete a Constituição Federal. Agora pergunto: como anda a nossa voz nestes últimos anos? É preciso também compreender que um município não é formado somente pela administração de uma prefeitura, mas por uma Câmara Municipal atuante que faça o seu papel de representar o povo. É também formada por homens e mulheres que todos os dias levantam para doar o seu suor para um trabalho digno. De empresários que geram empregos e oportunizam realizações dos sonhos de nossos jovens. Estes empresários, jovens, homens e mulheres esperam que a máquina pública possa responder aos seus anseios. Também espero!

Paço do Lumiar, em sua emancipação, aguardamos que o voto neste ano eleitoral possa ser a voz do povo e mais que isso, que o resultado das urnas possa colocar a cidade no trilho certo do crescimento que esperamos durante esses 59 anos. Viva Paço!

Fonte: ACARTAPOLÍTICA Por Thiago Azevedo, Administrador de empresas e assessor parlamentar