No início do mês, o secretário Estadual do Desenvolvimento Social (SEDES), Paulo Casé, fechou um contrato de mais de R$ 9,3 milhões junto ao Mateus Supermercados, de seu amigo pessoal e empresário Ilson Mateus. O contrato prevê o fornecimento de 150 mil cestas básicas, para atender famílias afetadas pela pandemia e pelas chuvas.

Apesar de positiva, chama a atenção o fato de já existir um processo licitatório com o mesmo objeto. O Pregão eletrônico 006/2021 foi realizado ainda na gestão de Flávio Dino (PSB), mas o atual chefe da SEDES abriu mão e resolveu fazer uma contratação direta, com dispensa de licitação, junto ao Grupo Mateus.

Essa movimentação, segundo informações, se deve ao fato que o empresário declarou apoio ao atual governo meses atrás e aponta para uma possível burla do processo licitatório.

O blog também apurou que pode existir um possível dano aos cofres públicos em função dessa contratação, na ordem de R$ 3,4 milhões. A cesta básica prevista no contrato possui menos itens do que as que estavam sendo fornecidas até então. Na prática, o secretário estaria comprando cestas menores para alcançar mais pessoas, levando em consideração o período eleitoral.

Desvio na Cultura

Recentemente, o blog também denunciou outro caso grave de corrupção com dispensa de licitação, em que a Secretaria Estadual da Cultura (SECMA) contratou empresa sem os documentos exigidos por lei.

Até o momento, cientes dos casos, nenhum órgão de controle se posicionou ou abriu investigação sobre os casos citados. Com isso, o dinheiro público toma rumo para os cofres da corrupção em vez de matar a fome da população mais pobre do Brasil.