O deputado federal Aluísio Mendes (PSC), que é investigado por diversos crimes, ao longo do período de pré-campanha, tem demonstrado incompetência enquanto presidente do Partido Socialista Cristão, o PSC. Poder político e capacidade de articulação são características importantes a um chefe de partido, mas isso não é o que ocorre no caso do deputado.

Após ter costurado a saída de Lahésio do comando do PTB no Estado junto a Roberto Rocha (PTB), que já detém o apoio da executiva do partido evangélico ao Senado Federal, o parlamentar viu o seu partido rachar ao meio nos últimos dias.

Roberto Rocha, como destacamos, já teve o apoio de Aluísio anunciado e vem sendo reforçado em momentos oportunos. Entretanto, o principal candidato do partido, Lahésio, que disputará vaga ao Governo do Estado e está em terceiro nas pesquisas, não seguirá o mesmo rumo e já declarou apoio ao Pastor Bel (Agir36).

Nas redes sociais, em mais um momento de apoio a Roberto Rocha, Aluísio mandou recado para Lahésio, dizendo, em linhas gerais, que as portas do partido estariam abertas para ele sair.

“Como presidente do PSC Estadual, não só em nome da minha pessoa, mas de todos os filiados do PSC, reafirmo apoio integral a pré-candidatura à reeleição do nosso Senador Roberto Rocha, que é sem dúvida nenhuma a melhor opção para o nosso Maranhão. E aqueles filiados do PSC que não se sentirem confortáveis com a decisão da executiva estadual, estão liberados para procurar outro partido”, disse o deputado nas redes sociais.

Por outro lado, Lahésio, que não tem cedido aos mandos e desmandos de Mendes, disse que não vai apoiar o senador bolsonarista.

“Ainda pouco, o presidente tava p da vida porque eu estava num carro aberto com o Pastor Bel, mas eu ando é com quem quer andar comigo. Se o cara não se sente bem em andar comigo porque eu não tenho dinheiro pro almoço, para o jantar, negociamos o hotel…”, disse Lahesio.

Ao pautar uma possível saída de Lahésio do PSC, Aluísio joga a última pá de cal na performance do partido nas próximas eleições. Bonfim tem crescido na preferência do eleitorado maranhense, já representa um perigo real para Weverton e pode, inclusive, ir para um eventual segundo turno com Carlos Brandão (PSB). Roberto Rocha, que coleciona vários capítulos no seu histórico de traições políticas, em nada contribuiria para o crescimento do PSC na disputa.

Todo esse cenário de descontrole político dentro do pseudogrupo político de Aluísio Mendes só reforça a sua plena incapacidade de alinhamento, gestão e visão de futuro.