Após inúmeras denúncias, na imprensa e pelas redes sociais, em função da precariedade estrutural e do atendimento no Hospital da Criança, em São Luís, o prefeito Eduardo Braide (sem partido) cedeu e resolveu se posicionar sobre as obras de ampliação, que se arrastam há cerca de sete anos. Na manhã de hoje (08), nas dependências da unidade de saúde, foi assinada a ordem de serviço para a retomada das obras, no entanto, as crianças terão que esperar ainda mais.

Apesar do alto investimento, na ordem de R$ 10 milhões, de acordo com o secretário de Saúde de São Luís, Joel Nunes, a previsão de conclusão e entrega, ainda da primeira etapa das obras, é que ocorra até dezembro deste ano. Só depois dessa fase é que serão instalados os equipamentos necessários para o seu pleno funcionamento.

O prazo é discrepante se comparado àquele informado pelo ex-secretário de Saúde, Carlos Lula (PSB), em denúncia feita no programa Xeque-Mate, da rádio Mais FM, que era de apenas 45 dias, com base em levantamentos feitos por engenheiros da SES, e com recursos de um convênio entre o Estado e o município de São Luís.

Em janeiro deste ano, a gestão Braide recusou a parceria com o Estado, até então governado por Flávio Dino (PSB). Os motivos não foram listas, mas informações apontam para interesses políticos. Agora, deve arcar sozinha, com recursos próprios, para dar continuidade e concluir as obras.

Ainda segundo Carlos Lula, hoje, o Hospital da Criança não pode ser classificado como um hospital, em função de uma série de deficiências que possui, a exemplo da inexistência de enfermarias bem equipadas e ausência de UTI. Estruturas que a unidade passará a ter, se efetivada a promessa, no fim das obras de ampliação.