O Ministério Público do Maranhão, aponta o empresário Tiago Val Quintan Pinto Frazão como chefe do núcleo empresarial especializado em roubar dinheiro público em Miranda do Norte. O grupo de Thiago é composto pelos sócios das empresas criadas para disputar as licitações irregulares.
Tiago Val Quintan, inclusive, chegou a ser tesoureiro da Prefeitura de Miranda do Norte, por um curto período, durante a gestão de Júnior Lourenço. As empresas participantes do esquema seriam de propriedade de “laranjas” do líder do núcleo empresarial, muitos deles de sua própria família.
Quatro contratos firmados entre a Prefeitura de Miranda do Norte e as empresas “PM Construções e Serviços Ltda.”, “F Cipião Prazeres” e “J Rodrigues Macedo”, por exemplo, teriam totalizado um dano de R$ 22.061.477,53 aos cofres municipais. Esse, inclusive, é o valor do bloqueio das contas correntes, poupanças e aplicações dos investigados, solicitado pelo Ministério Público.
Entenda como começou:
Há pelo menos 10 anos, um esquema criminoso que usa empresas de fachadas, abertas em nome de laranjas, vem saqueando os cofres públicos de prefeituras do Maranhão.
No enredo principal dessa história, que por sinal, é digna de uma ‘Operação Lava Jato’, está o ex-prefeito de Miranda do Norte e pré-candidato a deputado federal Junior Lourenço, e seu ‘fiel escudeiro’, Tiago Val Quintan.
Tudo começou em meados de 2008, quando Tiago Quintan foi convidado pelo então prefeito e amigo – Junior Lourenço, para exercer o cargo de tesoureiro.
Vislumbrando saltos maiores, Tiago Quintan pediu demissão do cargo em menos de 3 meses, e passou operar nos bastidores da prefeitura. Daí pra frente, o jovem empresário começava uma saga voltada ao desvio de dinheiro público.
A primeira vítima do empresário foi a própria sogra, identificada como Maria do Rosário de Fátima. Em seguida veio a irmã (Pollyanna Frazão), cunhada (Adriana Ramada), primo (Paulo Val Quintan), amigo (Romualdo Oliveira), amiga (Josilete Souza) e o motorista (João Filho),
Um levantamento realizado pelo titular do blog, apurou que as empresas podem ter movimentado pelo menos R$ 150 milhões ao longo dos anos. Deste montante, boa parte está convertido em apartamentos de alto padrão (dentro e fora do maranhão), carros de luxo, lanchas, sítios, chalés, e até um prédio comercial.
Agora, após 10 anos vivendo no anonimato, na impunidade e esbanjando dinheiro público, o chefe da quadrilha vive dias de terror pela eminência de ser preso a qualquer momento. Um indivíduo por codinome de Júlio é novo responsável por assinar os procedimentos fraudulentos já nos dias atuais.