Alvo da operação Vesalius da Polícia Federal, a empresa ‘fantasma’ Anchieta Eireli já movimentou cifras milionárias na Prefeitura de Imperatriz, administrada por Assis Ramos. A informação é do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Os contratos foram firmados entre os anos de 2018 e 2021 e totalizam cerca de R$ 1,7 milhão, conforme os dados do TCE.

As contratações mais recente foram celebradas pelo Fundo Municipal de Saúde, gerenciado pela Semus de Imperatriz e pela Secretaria Municipal de Infraestrutura, nos dias 26 e 28 de janeiro. Os valores giram em torno de R$ 584.171,31 mil e R$ 10.404,72 mil, respectivamente.

Vale destacar que a gestão de Assis Ramos também firmou um contrato de R$ 870.970,05 mil em outubro do ano passado visando o fornecimento de material de limpeza e consumo para a Secretaria de Educação.

Na manhã desta quinta-feira (30), a PF, com o apoio da Controladoria-Geral da União, deflagrou, na manhã desta quinta-feira, (30), nas cidades de Santa Luzia, Bernardo do Mearim e Imperatriz, a Operação Vesalius, com o objetivo de investigar fraudes na contratação e pagamento a uma empresa “fantasma”, que supostamente simulou a venda de equipamentos para o enfrentamento da Covid-19 nos municípios de Bernardo do Mearim e Santa Luzia.

As informações colhidas pela Polícia Federal indicavam que uma empresa sem existência física teria vendido mais de R$ 700 mil em equipamentos médicos para diversas Prefeituras do interior do estado do Maranhão, somente durante os três primeiros meses da pandemia.

Especificamente para os municípios de Bernardo do Mearim e Santa Luzia, a empresa vendeu ventiladores pulmonares, monitores multiparamétricos, bombas de infusão e laringoscópio, sem nunca os ter adquirido de algum fornecedor.

Anchieta Eireli está em nome de Raimundo Félix de Araújo, conforme consta na Receita Federal.