Anúncio da filiação de Gil Cutrim ao PRB.

Os anos de política acumulados por Carlos Brandão, que hoje ocupa a vice-governadoria do Maranhão, serviram para não cair em ciladas. Brandão, hoje no PSDB, soube ao longo do tempo ter fidelidade partidária, mas acima de tudo saber a hora de tirar o time de campo.

No Republicanos, Brandão ajudou a crescer o partido no Maranhão. O mesmo crescimento do PSDB quando o vice-governador era presidente antes de sair em 2017. Conquistando várias prefeituras sob as hostes do tucanato em 2016, Carlos Brandão também deixou mais republicano o Maranhão nas últimas eleições.

Foi pelas portas da frente que Carlos Brandão saiu e entrou do PSDB. E a volta recente ao ninho tucano explica que os anos acumulados na política fizeram o sucessor de Flávio Dino sentir, de longe, o cheiro de traição que pairava no partido da Igreja Universal.

Cleber Verde, presidente do Republicanos no Maranhão, anda com o fantasma da destituição e tem conjugado, desde sempre, a condução partidária com a garantia do seu mandato de deputado federal. E mesmo sem reivindicar protagonismo, o vice-governador Carlos Brandão era peça principal no partido e, por isso, foi condecorado com o cargo de vice-presidente nacional do partido.

Cléber verde ao lado de Brandão.

Cadeira de consolação com status, mas sem alcance administrativo, já que a vida partidária é feita nos diretórios. Cleber sabe e sempre soube disso. Por isso articulou um posto mais alto em que o seu correligionário de estrela maior tivesse menos poder (de fato) que ele próprio. E engana-se quem pensa que Brandão não conhece Verde. Tanto conhece, que sabe que esses flertes são momentâneos, principalmente partindo do deputado Verde, que faz a construção do partido pensando em sua próxima eleição.

Carlos Brandão passou por um livramento.