O presidente da Fiema, Edilson Baldez das Neves, está prestes a completar 12 anos à frente do órgão do Sistema S no Maranhão. Este ano, finda mais um mandato de Edilson, que o ciclo oligárquico na Fieme teve início nos idos de 2009 e o último mandato iniciou em 2017.
A previsão orçamentária da Fiema, em 2021, é de R$ 44,2 milhões. Apesar de ser uma entidade privada, o Sistema S recebe recursos públicos e como uma instituição que representa o grande empresariado maranhense e interesses do desenvolvimento do estado, deve adotar políticas de compliance e a perpetuação em um alto cargo está fora de qualquer instituição séria, privada ou pública.
Em 2020, o senador Rogério Carvalho (PT-SE), apresentou um Projeto de Lei com o intuito de dar mais transparência e facilitar o acompanhamento dos usos dos recursos do Sistema S. De acordo com o texto, os Serviços Sociais Autônomos vão ser obrigados a adotar o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP)
As entidades são mantidas pelas contribuições, pagas compulsoriamente pelos empregadores, que incidem sobre a folha de salários com alíquotas variadas. Quem recolhe as contribuições é a Receita Federal, mas o dinheiro é repassado às entidades, não entrando nas estatísticas de arrecadação federal. Em 2019, o Sistema S arrecadou cerca de R$ 18 bilhões.
No Maranhão, a gestão de Edilson tem sido avalizada pelo Conselho Regional, mas isso não significa, necessariamente, que Edilson Baldez tenha feito uma administração proba ao longo do seu “reinado”. O nível de aprovação pode perpassar pelas regalias bancadas com o dinheiro do empregador contribuinte. Só em diárias para viagens nacionais, a Fiema pretende gastar R$ 851.529,28 este ano. Para condecorar “os seus”, a Fiema planeja usar R$ 82.210,00. É desta forma, que o presidente Edilson Baldez disputará mais um cargo?