A prefeitura de Coroatá realizou, em maio e agosto deste ano, dois contratos com dispensa de licitação que somam o valor de R$ 1.492.062,50. Os recursos federais, destinados ao combate à Covid-19, podem ser sido aplicados em contratos superfaturados e para a compra de um quantitativo exagerado de materiais.

Em contrato realizado com a empresa E A Silva Distribuidora, de imperatriz, no valor de R$ 667.942,50, a prefeitura de Coroatá, por exemplo, adquiriu um termômetro clínico digital de testa por R$ 990,00. Mas o equipamento pode ser encontrado por menos de R$ 100,00, o que indica um superfaturamento cerca de 1.000% do valor praticado no mercado.

Já no mês de agosto, o prefeito Luis Mendes Ferreira Filho firmou um outro contrato no valor de R$ 824.120,00, com a empresa I V Brito da Mota-ME, também para a aquisição de insumos médico-hospitalares para enfrentamento da Covid-19. No novo contrato, chama atenção a quantidade de itens adquiridos. Foram 27.500 produtos. Foram comprados, por exemplo, mais 3 mil litros de álcool 70%, sendo que no primeiro contrato, a Secretaria de Saúde do Município já havia comprado 1.500 unidades do mesmo álcool.

Será que todo esse material realmente foi adquirido e está beneficiando os profissionais de saúde e a população?

É necessário que a superintendente da Polícia Federal no Maranhão, Cassandra Parazi, abrisse uma investigação contra a prefeitura de Coroatá, a fim de apurar eventuais irregularidades nos contratos que podem ter resultado em desvio milionário.

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