Ao ser questionado pelo blog do Werbeth Saraiva, o prefeito de Miranda do Norte, Carlos Eduardo Fonseca Belfort, se calou diante da suspeita de vazamento de informações da Operação Falsa Esperança. A suspeita foi levantada porque em meio às investigações a Ecosolar, que vem sendo investigada pela Polícia Federal, estornou o dinheiro pago à prefeitura de Miranda do Norte. Mas ao ser procurado para esclarecer o caso, o gestor do município preferiu ignorar os questionamentos, sem se pronunciar.

A Operação Falsa Esperança foi deflagrada pela Polícia Federal com auxílio da CGU (Controladoria-Geral da União) no início de agosto, contra as prefeituras de Miranda do Norte, Bacabeira e Santa Rita, e investiga irregularidades na aquisição de produtos para combate à Covid-19 em municípios maranhenses.

Em meio às investigações da PF, a J. J. da Silva & Santos, a Ecosolar – Comércio, Projetos e Serviços, repassou para as contas das prefeituras de Mirante do Norte e Vitorino Freire os pagamentos que haviam sido realizados pelas gestões municipais para a compra de respiradores, com dinheiro destinado para enfrentamento ao novo coronavírus. A empresa não atuava nesse setor econômico e, por se tratar de possível fraude, os aparelhos nunca foram efetivamente entregues.

Para a Prefeitura de Miranda do Norte, sob a gestão de Eduardo Belfort (PSDB), foram estornados R$ 130 mil. Segundo a PF, no dia 9 de julho, ainda durante as investigações, uma equipe de agentes federais esteve no Hospital Municipal de Miranda do Norte, para verificar a existência de respiradores pulmonares no local e não encontrou qualquer aparelho.

A devolução do dinheiro aconteceu em meio às investigações, o que levantou a suspeita de que a prefeitura de Miranda do Norte sabia da operação. Por isso, tentamos contato com o prefeito do município para saber se ele tinha conhecimento da operação, mas o mesmo ignorou os questionamentos realizados por este blog.