A pesquisa Prever de intenções de votos para prefeito de São Luís, divulgada no fim de semana confirmou algo que já se vem percebendo há alguns meses: a total resiliência da pré-candidatura do deputado estadual Wellington do Curso (PSDB).

O tucano é uma espécie de lobo solitário. Não tem um grupo formado. É boicotado até mesmo no próprio partido – já que o senador Roberto Rocha é abertamente a favor de uma composição com Eduardo Braide, do Podemos -, e não tem qualquer macroestrutra política por trás do seu nome.

Some-se a isso o fato de que o parlamentar saiu devendo até as calças das eleições de 2016 que, convenhamos, acabou por tornar-se uma decepção pessoal para Wellington, que se viu com potencial de eleger-se prefeito naquele ano, e sequer chegou ao 2º turno no fim das contas.

Mesmo assim, o pré-candidato do PSDB conseguiu se eleger deputado em 2018 – ainda que aumentando ainda mais seu quadro de endividamento pessoal – e, agora em 2020, segue na cola de aliados importantes do governador Flávio Dino (PCdoB) na disputa pela prefeitura da capital.

Wellington é uma ameaça real às pretensões comunistas em São Luís. E o desempenho dele representa o maior temor dos governistas neste ano: o de que haja um 2º turno sem a presença de um nome indicado pelo Palácio dos Leões.

Gilberto Ledá