Augusto Lobato, Honorato Fernandes, Chico Carvalho, Edilázio Jr e João Alberto

As eleições se aproximam e junto com ela a corrida eleitoral para o pleito de vereadores e prefeitos. Para custeá-las, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já divulgou a divisão do Fundo Eleitoral, conhecido como “fundão”. Os R$ 2 bilhões totais foram divididos entre os 33 partidos registrados na Justiça Eleitoral e o Partido dos Trabalhadores (PT) é o partido que mais vai receber recursos para custear as campanhas, com R$ 200,9 milhões.

Já o Partido Social Liberal (PSL) receberá R$ 193,6 milhões, enquanto o Partido Social Democrático (PSD) receberá R$ 157,1 milhões, seguido do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que ganhará R$ 154,8 milhões e do Partido Progressista (PP), com R$ 140,2 milhões.

O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) ocupa a sexta posição e poderá gastar com as campanhas R$ 126 milhões. Já o Partido Liberal (PL) terá R$ 123,2 milhões, enquanto o Democratas (DEM) receberá R$ 114,5 milhões. Já o Partido Socialista Brasileiro (PSB) e o Republicanos receberão, respectivamente, R$ 109,4 mi e R$ 104,4 milhões. Os demais partidos receberão cerca de R$ 1,2 milhão cada e o Partido Novo anunciou que vai abrir mão da fatia de R$ 36 milhões.

 Maranhão

Augusto Lobato do partido dos trabalhadores (PT) será o presidente de partido no Maranhão com mais recursos do “fundão” em caixa. Seguido pelo vereador do PSL Chico Carvalho e do deputado Edilázio Jr do PSD que é seguido pelo ex-senador da república e presidente do MDB no Maranhão João Alberto.

Todo o dinheiro será transferido para os diretórios nacionais assim que as siglas discriminarem os critérios de distribuição. Com a liberação do fundo, este blog chama atenção para o uso desses recursos, já que o desvio de recursos do fundo eleitoral é uma prática recorrente no Maranhão.

Em 2019, por exemplo, um levantamento realizado com base nas prestações de contas registradas nos tribunais regionais eleitorais, apontou que ao menos 51 candidatos a deputado federal e estadual podem ter servido na última eleição como laranjas para que partidos desviassem recursos do fundo eleitoral.

Em São José de Ribamar, na região metropolitana de São Luís, a candidata a deputada estadual Marisa Rosas, do PRB, mandou fazer 9 milhões de “santinhos”. De acordo com a prestação de contas à Justiça Eleitoral, ela gastou quase R$ 600 mil com campanha. Além dos milhões de “santinhos”, ela confirmou que mandou fazer 1,25 mil bottons. Marisa Rosas foi a segunda maior beneficiária de doações da Direção Nacional do Partido.

Marisa Rosas disse que confiou nos colegas de partido para contratar as três gráficas que receberam, só dela, R$ 540 mil. Ela disse que confiou na gráfica e no partido. A gráfica pertenceria a um filiado ao partido. Recebeu outros R$ 580 mil reais para confeccionar material de campanha para o deputado federal Cleber Verde, presidente do diretório estadual do PRB.

Considerando esse fato, assim como inúmeros outros casos de desvios dos recursos do fundão, chamamos atenção das autoridades e principalmente dos diretores dos partidos, que têm o dever de usar com responsabilidade os recursos públicos, investindo em informação para a população.