Marcos Caldas e Wellignton do Curso

Para que um argumento seja considerado bom, algumas condições são indispensáveis. Primeiramente, as premissas do mesmo devem oferecer informações relevantes para justificar a conclusão. Uma comparação fraca e desnecessária foi o tipo de argumento escolhido por Marcos Caldas (PTB) para descredibilizar o trabalho que vem sendo realizado pelo deputado Wellington do Curso, oposicionista do governo Flávio Dino.

Ao subir à tribuna da Assembleia Legislativa do Maranhão nos últimos dias, o suplente de deputado estadual, Marcos Caldas (PTB), defendeu as ações do Governo do Estado à frente da Saúde e aproveitou para direcionar críticas a Wellington do Curso: “Vossa excelência não conseguiu administrar o curso Wellington que quebrou, um curso com vinte professores, imagine administrar o município e querer falar do governo que está administrando o estado”, disparou Marcos Caldas.

Agora fica o questionamento: a comparação foi utilizada por ser coerente ao seu discurso ou de forma aleatória, apenas para expor as dificuldades financeiras enfrentada pelo deputado oposicionista? É indiscutível que haja interesses políticos por trás de muitos dos discursos, muitas vezes até acima dos interesses sociais, mas até que ponto é aceitável que um parlamentar faça uso da vida pessoal de outro apenas para defender seu ponto de vista?

O meio político é uma seara que muitos atuam como um vale tudo. Cabe à sociedade se manter vigilante quanto aos interesses escusos por trás da tribuna, acompanhar a atuação do legislativo e diferenciar quem faz de quem fica só no discurso e, ainda, sem argumentos coerentes, que apresentem informações relevantes e sejam condizentes ao verdadeiro papel de um parlamentar, que é o de defender os direitos da população.