Em apenas 6 meses, o mundo teve que enfrentar a chegada de um novo vírus e, junto com ele, a perda de milhares de vida. Além da pandemia provocada pelo novo coronavírus, agora o Brasil precisa se preocupar com outras duas ameaças: uma chuva de gafanhotos e uma gigantesca nuvem de poeira africana, que se aproximam do país.

A ameaça mais recente é chamada por alguns especialistas de “nuvem de poeira Godzilla”. Se trata de um fenômeno que acontece todos os anos, mas que se intensificou em 2020. A mancha opaca e gigante encobre há dias parte do Oceano Atlântico e começou a ser observada no oeste da África há uma semana, agora se movendo em direção às Américas.

De acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos, a coluna de poeira do Saara continuará se movendo rumo ao oeste pelo Mar do Caribe, passando pelo norte da América do Sul, América Central e da Costa do Golfo dos Estados Unidos nos próximos dias. Em muitos países foi recomendado que se intensifique o uso de máscaras e que a população evite atividades ao ar livre.

Como relata a especialista do Instituto de Estudos de Ecossistemas Tropicais da Universidade de Porto Rico, Olga Mayol, a atual nuvem tem uma concentração mais alta de partículas de poeira em comparação com os últimos 50 anos.

Para a saúde humana os impactos podem ser negativos, já que a qualidade do ar é consideravelmente afetada. O ar seco e empoeirado tem aproximadamente 50% menos umidades do que a atmosfera tropical típica, o que pode afetar a pele e os pulmões. O alto teor de partículas também pode ser totalmente prejudicial para pessoas com problemas respiratórios, causando alergias e irritações na região dos olhos.