No dia seguinte à divulgação da lista com os nomes de políticos e pessoas ligadas a eles que serão investigados com autorização do Supremo Tribunal Federal, as ações da Procuradoria-Geral da República seguem para uma nova fase.
Com as decisões do ministro Luiz Edson Fachin, começa agora a fase de diligências, de coleta de provas. Esse é o momento em que os políticos são considerados investigados, suspeitos. É o início da apuração. Os investigadores agora vão atrás de provas para confirmar se as acusações feitas pelos delatores da Odebrecht fazem sentido ou não.
Há várias formas de ir atrás de indícios de crimes, entre elas, ouvir os próprios investigados para ter a versão deles e confrontá-las com dados da investigação, ouvir testemunhas que podem indicar caminhos para chegar às provas e outras pessoas envolvidas, e fazer diligências, como buscas de documentos, por exemplo.
Todas essas medidas podem ser pedidas pela Procuradoria-Geral da República e pela Polícia Federal, mas a autorização para cada passo cabe ao ministro Fachin. No caso de governadores, o aval é do Superior Tribunal de Justiça. Se autorizados, os mandados são cumpridos pela Polícia Federal.
Se não houver provas suficientes, a Procuradoria pode pedir o arquivamento. Se surgirem as provas, o Ministério Público, então, denuncia, ou seja, acusa formalmente os investigados.
O passo seguinte é o STF analisar a denúncia. Se os ministros do Supremo aceitarem, o político vira réu em uma ação penal e aí sim passa a ser formalmente processado e irá a julgamento. A etapa final é o STF decidir se absolve ou condena.
(Com informações do Jornal Hoje)