A suspeita levantada pelo secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela, de que o ex-prefeito de Barra do Corda Manoel Mariano, o Nenzin, pode ter sido assassinado pelo próprio filho, Mariano Júnior, o Nenzin Jr., foi a forma encontrada pelo governo Flávio Dino (PCdoB) de negar que a pistolagem esteja de volta ao Maranhão.
Depois de sucessivas execuções de políticos e blogueiros nos três anos do atual governo, comunistas evitam adicionar mais um caso à lista de assassinatos com características de crimes de encomenda desde 2015. Até a morte do ex-prefeito de Barra do Corda, a relação contava com 11 vítimas.
Para evitar o indesejável acréscimo, Jefferson Portela, que esteve ontem em Barra do Corda para acompanhar as primeiras investigações da morte do ex-prefeito, saiu-se com a versão que incrimina o filho que acompanhava Nenzim no momento da execução. A motivação, conforme fez publicar na mídia o titular da SSP, seria a disputa pelo rico patrimônio familiar.

Jefferson Portela aposta em outra linha de investigação, menos desgastante para Flávio Dino
Trata-se de uma acusação grave, que ganha fé pública por partir da mais importante autoridade policial do Estado, mas soa estranha e até mesmo precipitada por ter sido apresentada publicamente pouco mais de 12 horas após o crime, sem que fossem colhidos indícios que possam torná-la plausível.
Por sua longa trajetória na vida pública e liderança expressiva, Nenzim pode ter sido a vítima mais representativa da nova onda de casos de pistolagem que assusta o Maranhão. Por se tratar da morte de um ex-prefeito do município-pólo da região central do estado, que não mantinha aliança política com o governo comunista, a repercussão pode ser extremamente negativa para Flávio Dino e seu grupo, com desdobramentos imprevisíveis.
Talvez por isso, o engajado secretário Jefferson Portela, esteja tentando conduzir a investigação a uma linha que ignora as evidências e nega o recrudescimento da pistolagem.
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