O deputado federal Waldir Maranhão defendeu nesta quarta-feira (07) a transparência do acordo de salvaguardas tecnológicas de Alcântara com os Estados Unidos. A negociação que permitirá o lançamento de objetos espaciais que contenham componentes americanos será o “eixo norteador” para o programa espacial brasileiro, segundo o parlamentar.

O acordo de salvaguardas – que depende de aprovação do Congresso Nacional -, foi um dos assuntos discutidos durante audiência pública sobre a importância e a potencialidade do Centro de Lançamento de Alcântara. O evento que teve a participação de representantes da Aeronáutica e da Agência Espacial Brasileira (AEB) e de deputados, discutiu alternativas comerciais e as dificuldades do programa espacial.

Na terça-feira (06), Waldir Maranhão conversou com o chefe da Assessoria de Cooperação Internacional da AEB. André João Rypl disse que o acordo de salvaguardas é o primeiro passo para que o CLA possa ser um empreendimento comercialmente viável. Nos últimos sete anos, a Agência investiu no Centro de Lançamento cerca de R$ 382 milhões. Entretanto, a falta de atividade em lançamentos poderá sepultar o projeto, assim como o programa espacial.

Waldir Maranhão concorda com o acordo de salvaguardas não só com os Estados Unidos, mas também com outros países. “Desde que haja uma discussão clara sobre os objetivos e condições”. Com o acordo estabelecido, o segundo passo seria explorar comercialmente o CLA com contratos comerciais.

O terceiro passo, segundo Waldir Maranhão, será atrair indústrias e atividades intelectuais no entorno e no Maranhão, com a participação de instituições de ensino, como a Universidade Estadual do Maranhão, a Universidade Federal do Maranhão, o Instituto Federal do Maranhão e a Fapema. “Precisamos qualificar a mão de obra com cursos de engenharia, por exemplo, em parceria com o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA)”.